I S A B E L L A L O N D O Ñ O + S A R A V E R A

04.30.2020 - 05.14.2020

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DILUIDO de ISABELLA LONDOÑO / 2020 / vídeo digital com arquivo de fotografia analógica / cor / som / 5’

diluir

verbo transitivo

  1. Faça um corpo ou uma substância, quando misturada com um líquido, deixe dissolver até que suas partículas sejam incorporadas no seguinte líquido.

    ej. Eu diluo meu corpo no trânsito entre a vigília e os sonhos, meus sonhos.

  2. Diminua a concentração de um líquido, geralmente adicionando um solvente ou uma outra substância.

    e.g. deixe o sonho se dissolver na água, dentro da água, dentro do sonho.

  3. Diminua a força ou a intensidade de alguma coisa, principalmente uma cor ou uma luz.

    e.g. use o vídeo para diluir a imagem.

  4. Distribue o comando, as responsabilidades ou os poderes entre várias pessoas.

    e.g. colaborar, falar, diluir a noção de autor, criar constelações.

  5. Destrua ou faça uma coisa desaparecer, especialmente algo imaterial.

    e.g. diluir os limites do território, viajar com a mente, estar em todos os lugares ao mesmo tempo.

 
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Cementery of Splendor
 
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Diluido apresenta o encontro da atividade diaria de tomar banho com a atividade noturna de sonhar. Com base no arquivo fotográfico do autor, propõe-se uma interpretação do espaço do banheiro, forçando a estrutura onírica do pensamento através do encontro com a água e a escuridão. O significado causal da vida diaria é diluído na experiência aquática do chuveiro, onde a apresentação de texturas, paisagens e objetos é organizada de maneira solta, inacessível - líquida - e evocativa. 

Esta edição é um conjunto de referências e obras que enquadram o vídeo da Isabella da mesma maneira que suas imagens são conectadas: por acaso aleatorio. A mesma chance encontrada ao tentar acompanhar o fio de uma conversa entre amigos, em que os argumentos trocam suas vozes, as misturam ou até as antecipam como se fosse uma conexão telepática. Os estados da água e suas origens: [1] Sua agência, que sempre pede deixar uma trilha. [2] A temporalidade líquida, regada em texturas. [3] Ouvir isso como visão. [4] A ausência de limites. [5]

Isabella Londoño y Sara Vera 04.30.2020

traduzido por Juliana Corsetti*


[1] O espelho. Andrei Tarkovsky

[2] Cemetery of Splendour. Apichatpong Weerasethakul

[3] Persona. Ingmar Bergman. 

[4] RE—TEXTURED Podcast. #005. Jan Jelinek & Lucrecia Dalt.

[5] Fotos tiradas do Google Earth. 

 

Isabella Londoño - Artista colombiana nascida em Barrancabermeja em 1995. Mestre em artes, com ênfase em pintura e opção em cinema, vídeo e animação da Universidade de los Andes, 2018. Atualmente, completa o Mestrado em Criação Audiovisual na Pontificia Universidade Javeriana. Com seu trabalho plástico e audiovisual, ela procura pensar criticamente sobre as expressões do corpo como local onde se manifestam problemas relacionados aos modos da pessoa e do político.


Sara Vera - A vida e o trabalho de Sara Vera são uma e orbitam em torno da comunicação. Sua experiência se manifesta de maneiras diferentes que sempre alcançam a colaboração com diciplinas diferentes. Ela lançou projetos de comunicação para o estudo interdisciplinar Horizontal que trata de questões de design e de justiça social e também dirigiu comunicações para a Galeria Casas Riegner, em Bogotá. Ele trabalhou com projetos independentes, como a revista Revistã, e ampliou os limites da comunicação ao propor projetos digitais que vieram de sua obsessão por unhas e manicure. Ele é um artista com ênfase em mídia da Universidade de Los Andes, 2018, e participou em exposições comunitárias como Que no cunda el pánico (¿Hay otras maneras?) no Espacio Odeon em Bogotá.


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